Como seria se uma dança falasse expressivamente para que se fizesse entender, como se de uma língua se tratasse?
João dos Santos Martins
Atendendo ao lugar estimulante de redefinição que a prática coreográfica atualmente atravessa, João dos Santos Martins tenta aliar a escrita de uma dança à escrita de um texto, pensando na especificidade do suporte coreográfico.
Em “Coreografia”, o coreógrafo inspirou-se no tratado de Raoul Feuillet, teórico de dança francês do século XVIII, para quem primeiro, a coreografia escrevia-se em papel para só depois ser interpretada e transposta para o corpo. João dos Santos Martins procura construir uma dança que é um texto e escrever um texto que é uma dança. Interessa-lhe a singularidade de “dançar” uma língua e de “falar” uma dança.
Este espetáculo foi pensado para ser acessível para pessoas surdas e cegas.
Coreografia (2020)
De João dos Santos Martins
Com Adriano Vicente e João Barradas
Coreografia João dos Santos Martins
Interpretação Adriano Vicente
Música e interpretação ao vivo João Barradas
Texto José Maria Vieira Mendes
Texto em LGP Sofia Fernandes
Guarda-roupa Constança Entrudo
Luz Filipe Pereira
Produção Sofia Matos/Materiais Diversos
Produção executiva Claraluz Keiser/Associação Parasita e Association Mi-Maï
Coprodução Alkantara, Associação Parasita, Centro Cultural Vila Flor, Materiais Diversos
Residências artísticas Espaço Alkantara, Centro Cultural Malaposta, Estúdios Vítor Córdon, 23 Milhas - Ílhavo
Agradecimentos Sandra Gorete Coelho
Créditos da fotografia José Carlos Duarte
Materiais Diversos, Associação Parasita e Alkantara são financiadas por República Portuguesa | Cultura – Direção Geral das Artes.