Nuno Carinhas regressa a Gil Vicente, através de um dos autos menos representados do autor que tão bem soube espelhar nos seus textos a natureza humana. Alma propõe um pequeno teatro da vida humana, encenando-a como uma viagem, com os seus avanços e os seus recuos, obstáculos e desvios.
Com uma dramaturgia que é também um excurso por lugares pouco frequentados da literatura portuguesa – Vitorino Nemésio, Guerra Junqueiro, Teixeira de Pascoaes –, Alma é um espetáculo plasticamente intenso atravessado por reminiscências pictóricas, num trajeto que vai desde o ritual sagrado à festa profana. No epicentro, disputada pelo Anjo e pelo Diabo, uma singular personagem vicentina – uma “Alma caminheira”, alegoria de toda a espécie humana luta contra o tempo e faz um trajeto de provação, mudança, descoberta.
Dramaturgia Nuno Carinhas e Pedro Sobrado
Encenação e figurinos Nuno Carinhas
Cenografia Pedro Tudela
Desenho de luz Nuno Meira
Desenho de som Francisco Leal
Apoio linguístico João Veloso
Preparação vocal e elocução João Henriques
Interpretação Alberto Magassela, Fernando Moreira, Fernando Soares, João Castro, Jorge Mota, Leonor Salgueiro, Miguel Loureiro, Paulo Freixinho e Paulo Moura Lopes